Figueira da Foz - Tribunal vai declarar falência da Navalfoz

O tribunal deverá decretar em breve a falência dos estaleiros navais Navalfoz, deixando no desemprego cerca de 70 trabalhadores.Há cerca de duas semanas que terminou o prazo de validade do Programa Extrajudicial de Conciliação (PEC) a que estava submetida a Navalfoz. Assim, uma vez que não foi apresentada qualquer solução para a viabilização financeira da empresa, o tribunal deverá decretar a falência, durante os próximos dias.Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a administração dos estaleiros recusou-se a prestar declarações. No entanto, António Moreira, do Sindicato dos Metalúrgicos, confirmou que o processo de insolvência está em curso. Agora, só falta o juiz titular do processo proceder à sua declaração, reunir a comissão de credores e nomear um gestor de insolvência."Há muito tempo, antes do PEC, que um dos credores requereu a falência da Navalfoz. Entretanto, o prazo do PEC expirou e não foi encontrada uma solução para empresa. Isso significa que o tribunal deverá declarar a insolvência, dentro de dias", declarou o sindicalista.Os cerca de 70 trabalhadores têm sido esclarecidos através daquele sindicato, que vem realizando plenários. "Os trabalhadores estão preocupados e temem pelo seu futuro", afirmou António Moreira. Neste momento, não há salários em atraso, mas está em falta o pagamento de subsídios.Nada em concretoAlém do Estado, existem outros credores, entre os quais os trabalhadores, que vão reclamar indemnizações. "A administração da empresa diz-nos que há interessados na aquisição da Navalfoz, e o sindicato sabe que há interessados nas instalações. Vamos aguardar...", revelou António Moreira.A holandesa Sextocasco encontra-se a duas semanas de fechar negócio com os Estaleiros Navais do Mondego. Porém, em 2005, chegou a equacionar apresentar, também, uma proposta à Navalfoz. Contudo, as declarações de Ferreira Gordo, representante da empresa, não foram elucidativas: "os nossos planos mantêm-se inalteráveis, sendo certo que alguns "timmings", impostos durante as negociações, tiveram de ser cumpridos".

Diário AsBeiras